As respostas que o texto aristotélico pode dar-nos ao problema da gênese do termo da “metafisica"

As respostas que o texto aristotélico pode dar-nos ao problema da gênese do termo da “metafisica"

Por Janilson Fialho

A Metafísica, para Aristóteles, é chamada de “ciência (ou filosofia) primeira”, a obra em questão é composta de uma série de tratados escritos pelo filósofo, organizados em um conjunto de quatorze livros depois dos livros de física, mas no conteúdo em si, para além da localização, a obra se mostra ser de fato “posterior” à física, enquanto é, em si; mas vamos voltar ao termo propriamente dito.

Esse termo “metafísica” não foi criado por Aristóteles e sim por um dos seus discípulos peripatéticos (Andrônico de Rodes), sendo que organizou e deu o nome a sua obra. É entendido que ela é “superior” à física dado que existe algo “acima” do físico, podendo ser compreendido como o estudo sobre o universal da substância primeira, ou seja, o fundamento comum de tudo o que existe. Desta maneira, o Estagirita estava interessado em questionar o que faz a matéria ser diferente e ao mesmo tempo particular, assim ele procurou investigar a “ciência do ser enquanto ser”.

Contudo, é por meio das múltiplas expressões da metafísica — “filosofia primeira”, “teologia”, “ciência da substância” e "ciência do ser enquanto ser” —, que ele explicou as principais questões do pensamento filosófico, como a existência do ser, a causa e o sentido da realidade, e os aspectos ligados à natureza. Solucionar o problema da metafísica é, portanto, para Aristóteles, a área mais importante da filosofia por lidar com a natureza da realidade, da existência e do universo como um todo. Ela se preocupa em entender a essência das coisas e a relação entre os seres e o mundo.

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