Poema: O Precipício: vida
O Precipício: vida
Por Janilson Fialho
Lancei-me aterrorizado no primeiro precipício:
[Mas a incerteza me fez covarde]
Adiei por um instante minha morte,
Mas num segundo precipício me atirei.
Lancei-me conscientemente em um outro perigo:
[Abracei a vida em sua potencialidade]
Tive de conviver com a certeza do que via,
E o que via eram as palavras de um certo escritor:
《— viver é muito perigoso —》
Essa certeza me angustiava,
Ela com efeito a noite me torturava.
Expus minha sobrevivência a vida nua,
Expus minh'alma e meu corpo a vida crua.
Ao perigo inquestionável...
[Que perigo é esse?]
Essa questão é indefinida...
Só se faz parecer,
Apenas traz angústia ao meu ser.
Comentários
Postar um comentário