Poema: O belo dia ensolarado e sua contradição, por Janilson Fialho
O belo dia ensolarado e sua contradição
Contemplo o belo céu azul,
Que mais parece um imenso oceano,
Somente a vastidão e o astro soberano.
Entretanto, o belo céu azul possui também
Outros entes que vivem num vaivém,
Elas são os entes de formas imaginárias,
São elas — as nuvens — as ilhas solitárias
Donde os ventos da terra conduz
Trazendo por brevidade alívio dos raios de luz.
Contemplo o céu azul com satisfação,
Mas tanta beleza traz consigo uma contradição
Que põe em xeque a minha concentração
E me faz esquecer a contemplação.
Que o céu límpido dá liberdade ao soberano
De se comportar igual um tirano,
Jogando em nós, pobres e frágeis mortais,
Desde agonia até delírios irreais;
Sua luz radiosa, oh astro rei,
Torna a vida insuportável,
O doce dia se torna um manjar intragável.
Doce contradição essa (des)harmonia,
Onde um belo dia seja insuportável;
Onde o meu querer seja o findar dessa agonia,
Pois, não o acho tolerável,
Contemple a ironia:
O belo dia ensolarado não é agora ele desejável.
O doce dia se torna um manjar intragável.
Doce contradição essa (des)harmonia,
Onde um belo dia seja insuportável;
Onde o meu querer seja o findar dessa agonia,
Pois, não o acho tolerável,
Contemple a ironia:
O belo dia ensolarado não é agora ele desejável.
__ Janilson Fialho (25/10/2023)
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