Poema: Mais que Alguma Coisa, de Janilson Fialho

MAIS QUE ALGUMA COISA


Se eu fosse mais que alguma coisa,
seria mais que o universo
que impera dentro de mim,
e que encaminha o ser para o seu fim.

Se eu fosse mais que o universo,
seria poesia,
o ente que apascenta a realidade
cuja cura é a fantasia.

Sou o que sou,
e sou mais que o sou,
mais e mais eu vou
confirmando o que sou!

Mais que claro,
mais que escuro,
é a vertigem a qual se encontra o teu futuro.

Mais que forte,
mais que fraco,
é a despedida sem o teu abraço.

A vida não tem sentido sem ti,
pois é em ti que eu existo,
e é em ti que o sentido é previsto.

Trago comigo uma fantasia,
que um dia o sol nasça azul
igual uma safira.

Em meus sonhos carrego a nostalgia
puro devaneio
sonho
ou fantasia.

Mais uma vez devo lamentar,
o Triunfo da maldade ainda impera,
mas ainda estou vivo,
vivo e sonhando,
fantasiando a justiça que tanto se espera.

Mais que fraco,
mais forte,
é a vida na flor esperando que desabroche.

Mais que escuro,
mais que claro,
é o brilho puro que sai de ti, ser tão raro.

Descarrego no mundo o meu desejo,
tal como o meu desprezo,
ou ainda mais a minha existência como se fosse um peso.

Existo?
as vezes me pergunto,
mas por que tal pergunta surge?
as vezes tal pergunta surge sem querer,
e as vezes me perco por querer em tal juízo.

Existo?
tal pergunta se esclarece,
quando sei que tu me reconhece.

Mais que futuro,
mais que passado,
segue então o teu destino desgarrado.

Mais que um abraço,
mais que um cumprimento,
pede isso ao tempo ciumento.

Se eu fosse mais que alguma coisa,
seria mais que o universo
que impera dentro de mim,
e que encaminha o ser para o seu fim.

Se eu fosse mais que o universo,
seria poesia,
o ente que apascenta a realidade
cuja cura é a fantasia.

Sou o que sou,
e sou mais que o sou,
mais e mais eu vou
confirmando o que sou!

Mais que mais,
menos que nenos,
sou a junção dos dois para não ser pequeno.

___ Janilson Fialho (16/02/2023)

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